Feeds:
Posts
Comentários

Archive for 14 de março de 2011

Groove é o balanço da música. No caso mais concreto num baterista é a musicalidade do baterista. É aquela musicalidade que nos faz bater o pé mesmo que o baterista esteja a tocar a coisa mais simples do mundo.
Groove é lado sentimental da música, é aquele lado que não se ensina e apenas se chega lá com prática e sentindo o que se está a tocar.

Pattern é uma frase musical. Pattern é aquela coisa que nas bandas chamamos de ritmo (por exemplo, nos ensaios pedem-te para tocar o ritmo x da música). Aquilo que na guitarra se chama riff, na bateria chama-se pattern.
A tradução deve ser mais ou menos como esquema rítmico, ou ritmo só.

GROOVE – termo tão utilizado pelos bateristas Norte Americanos e que está também em “moda” no Brasil. Precisamos saber o verdadeiro significado desta palavra. Se você perguntar a qualquer um dos grandes bateristas quais os elementos fundamentais para uma boa execução do instrumento, certamente eles vão te falar sobre o groove. Incontáveis entrevistas sobre esse tema podem ser encontradas nas principais revistas de bateria e percussão. De uma maneira geral, groove é quando você está se comunicando intimamente com você mesmo, com os outros músicos e com o público; de maneira a tornar a música perfeita ou pelo menos dentro da sua capacidade. Geralmente isso não é uma coisa consciente, e leva anos de experiência – você não pode praticar isso. Como se costuma dizer, é o groove que separa os “homens dos garotos”.

Outra maneira de olhar para o groove pode ser como um certo nível de maturidade. Depois de ter tocado por anos com um grande número de pessoas de vários níveis e diferentes tipos de público, você começa a aprender a se dar completamente à música. Você também aprende sobre a vida e interage de uma maneira mais próspera com as pessoas, afinal de contas, isto é a música – comunicação.

Você pode ver o groove também como uma interjeição de cores no seu som, que não tem nada a ver com as notas individuais, mas com pequenas nuanças*. Isto não é tão simples assim, isso também tem a ver com a maneira como você vai interagir com o público e com os outros músicos.

Como foi mencionado anteriormente, o groove não é uma coisa que se possa ensinar, mas pode ser aprendido de uma maneira indireta. Basicamente, a melhor maneira de se desenvolver o groove é ouvir, tocar e pensar bastante. Você deve ouvir os outros bateristas, em discos e shows ao vivo, tocar com diferentes pessoas em diferentes contextos (o quanto for possível) e analisar o que você e os outros estão fazendo para tornar a música boa. Groove tem a ver com maturidade, e maturidade é ensinada através de exemplos e por “tentativa-erro”.

Uma coisa que você pode fazer para trabalhar com os grooves é fazer alguns contrastes na música. Se você toca tudo exatamente como os livros e métodos pedem, e toca simplesmente como uma bateria programada, ninguém vai se comover com sua performance. Tecnicamente isso vai parecer maravilhoso, e deve estar, mas pode parecer um tanto maçante também. Usando as texturas e técnicas de uma maneira inconsciente, e não de uma maneira óbvia, vai trazer um pouco mais de humanidade à sua maneira e tocar, e humanidade é o que emociona as pessoas, não os detalhes técnicos. Você deve observar dois momentos distintos: o estudo da técnica e conceitos, e a aplicação deles no contexto musical. Você não deve se prender aos aspectos estritamente técnicos quando está tocando, simplesmente deixe a música fluir.

Read Full Post »